quinta-feira, 13 de maio de 2010

Alice no país das maravilhas (2010)


Frustração,...

...frustração...

...e frustracão.


Não há outra palavra para definir o sentimento após ter assistido a versão de Tim Burton para o clássico de Lewis Carrol.

Antes é preciso contextualizar uma coisa: já li e reli Alice umas cinco vezes, tenho uma ligação particular coma história por uma série de fatos pessoais e acho que o simbolismo e a mensagem filosófica por trás da história de Alice são sensacionais.

Infelizmente, a produção que foi para o cinema é pobre de conteúdo, faz a Alice parecer um Harry Porter de cabelos dourados e trata um clássico infantil como um jogo de video game cheio de espadas e dragões.

Mantendo a tradição, vamos por partes...

Direção
O traço forte de Tim Burton está bem claro neste filme (ou seria bem escuro, em se tratando dele? risos!) e quero acreditar que vem da influência dos produtores a desgraça de tudo. Não consigo crer que o cara que dirigiu "Swenney Toddy" e "Ed Wood" foi o mesmo desta "Alice", não faz sentido. Como disse, as imagens características de seus filmes estão todas presentes, a bizarrice, o esquisito, o sombrio...mas dessa vez fica tudo sem função pois parece que toda a genialidade de Tim Burton está suportando um produto de pouca qualidade.

Roteiro
Aí está o grande problema. Como alguém transforma algo tão bonito em uma aventura do tipo "caverna do dragão"? Até a lagarta virou o "Mestre dos magos", gente? Que bobagem! E aquele final? Alice como uma executiva visionária e empreendedora era tudo o que eu não imaginava. Sem comentários.

Elenco
Helena Boham-Carter e Johnny Deep, como sempre, são as melhores coisas de qualquer filme que eles participem. Ela ainda mais que ele, devvo admitor. A Rainha de Copas é o que tem de mais interessante entre os personagens, ela é louca, histérica, engraçada e muito bem caracterizada. OVhapeleiro maluco de Deep é também muito bom, as vezes meio Michael Jackson, mas bem cosntruído com certeza. Mia Wasikowska faz uma Alice sem gracinha, não tem o olhar ingenuio da criança, nem a garra da guereira, mas não compromete nada também. Passa sem problemas.

Fotografia / Figurino
Desta vez, decidi falar das duas partes de uma vez pois é tudo tão bem sintonizado que não há como falar de um sem citar o outro e vice-versa. Tudo está incrível: as roupas, os cenários, a fotografia, todo o trabalho de direção de arte é primoroso, na melhor tradição de Tim Burton, maravilhoso. São as imagens coloridas e vivas que fzem o filme ainda valer a pena.

É isso aí.

Até a próxima sessão em partes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário